Quem disse que as estrelas não têm coração, é porque nunca conheceu nenhuma. Ou, pelo menos, nunca se deu ao trabalho de prestar a devida atenção. Mas a verdade é que elas têm. E é tão puro, e é tão frágil, e tão grande e ás vezes tão vivo... é um coração que bate, ora mais depressa, como nos primeiros tempos da adolescência, quando vemos a aproximar-se a passos largos o nosso primeiro grande amor; ora mais devagar, quando estamos a sofrer por causa do nosso último grande amor.
E é nessas alturas que eu gostava de ter um tubo de cola-tudo especial. Especial para corações partidos. Porque se já é dificíl os ver a rachar, então quando já estão partidos, é do pior que pode haver e que o mundo tem para mostrar. Isso e lágrimas... mas disso já falei. E não gosto de voltar a falar de coisas de que não gosto!
Posso não ter um tubo de cola-corações, ou não ter um lenço gigante do tamanho do céu para enxugar as lágrimas, mas tenho uma mão para segurar na tua e te transmitir paz; tenho um ombro onde podes recostar a cabeça e não dizer nada; tenho dois ouvidos sempre prontos a escutar o que quiseres dizer; tenho uma boca para te dizer "gosto de ti" e "vai ficar tudo bem", que te vai lançar um sorriso que te vai obrigar a retribuires-me com outro... E mesmo que o teu coraçãozinho não fique de imediato inteiro, pelo menos, pode ficar remendado. Então se, de facto, conseguir arrancar-te um sorriso, então o meu dia está ganho e o meu céu volta a ter um brilho especial: é uma estrela cuja luz parece apagada, mas, na verdade, está só um bocadinho mais longe do Sol...
quinta-feira, 9 de novembro de 2006
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