Esperei-te no Jardim das Almas
Sozinha, sentada num banco frio
As folhas caíam a meus pés, calmas
Ignorando o meu interior vazio.
Fechei os olhos e não me segurei
As lágrimas cortaram a minha cara
Foram punhais que eu chorei
Abriram ferida que não sara.
O vento gélido aquece o meu peito
quando já nada o consegue fazer
quando tudo deixou de ser perfeito
e a realidade decidiu aparecer
A negritude bateu à minha porta
e eu deixei entrar, sem oposição
deu comigo deitada, mas não morta
de olhar baço e sem reacção.
Carregou-me nos seus braços
Apresentou-me a noite escura
Desfez-me os nós, deixou-os laços
libertei-me, respirei e voei segura.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
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1 comentário:
Adorei!... pra não variar! :)
ouvi dizer uma vez (não me lembro onde) que "quando a tempestade rebenta... uns ficam entorpecidos pela dor e ... outros abrem as asas e voam!". precisamente aquilo que fizeste: abriste as asas e voaste! :)
loveU
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