Em conversa com uma querida amiga, esta semana, invariavelmente a conversa tocou no tema dos signos. Eu sou Virgem. Porém, e após variadíssimas leituras sobre as características deste signo, sempre acreditei veementemente que não me revia em quase nenhuma delas: organizados, perfeccionistas, críticos, pragmáticos, paternalistas, mais racionais do que emocionais. De facto, que me conhece razoavelmente bem (e não é difícil porque eu não me escondo, se gosto da pessoa, eu mostro como sou desde logo e assim a pessoa sabe com o que é que conta) sabe que, de facto, talvez aquelas não sejam as melhores características para me definir. Não quer dizer que eu não goste de ter as coisas organizadas, que quando empreendo gosto que saia perfeito, que critique quando ache que o tenho de o fazer, em sede própria e a quem de direito, que um pouco de pragmatismo também tempera a minha vida... mas ser mais racional do que emocional? Nã... não posso concordar. A emoção é que me faz viver, está sempre presente em tudo o que faço ou digo. Eu sei que não devia, mas está. E quando não está, é aí que eu me transformo na... SUPER-ANALISTA! Não, eu não combato o crime nem contribuo para a paz mundial... ainda. Os poderes do meu alter-ego resumem-se a ... cansar-me! Ou seja: a super-analista aparece quando eu me ponho a analisar situações da minha, ou simplesmente a minha vida. E a verdade é que me canso: canso-me de conjecturar, canso-me de especular e, sobretudo, canso-me de culpar... a mim. Sempre que há que atribuir culpas, nunca pende para outro lado senão para o meu. Pergunto-me porque será assim? Por vezes, nem sequer há culpas para atribuir e mesmo assim, parece que eu tenho que arcar com alguma... for no reason at all. Este conflito interior, esta minha luta constante, este meu combate solitário... cansa-me. Sinto o meu coração atado com cordas de 10 cm de espessura e sinto que carrego umas 10 toneladas e cada dia que passa vai pesando ainda mais. E a culpa não é de ninguém senão... minha!
domingo, 25 de novembro de 2007
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