domingo, 25 de fevereiro de 2007

E.T.

Hoje vi, mais uma vez, o filme "E.T." realizado por Steven Spielberg. É um filme que data do ano de 1982, ou seja, um ano antes de eu nascer. Trata da história de uma criatura proveniente de outro mundo, que é deixada, acidentalmente, na Terra, e trava amizade com um miúdo cuja família passa por um período conturbado, devido à separação dos pais. É na amizade com o extraterrestre que o miúdo acaba por procurar refúgio, chegando mesmo a sentir o que a criatura sente mesmo não estando no mesmo espaço.
Vi o filme pela primeira vez devia ter os meus 6/7 anos (não devia ser muito mais velha). Lembro-me de ter ficado bastante impressionada com o filme. Lembro-me de ter chorado e de ter disfarçado ao máximo para que os meus pais não reparassem que aquele filme me tinha posto naquele estado. Depois dessa vez, devo ter visto mais umas quantas vezes e de todas elas, chorei como se fosse a primeira vez que o estivesse a ver. Hoje aconteceu outra vez.
Pergunto-me que magia é esta? Que poder é este que filmes como o "E.T." têm que marcam as pessoas desta forma? Que por mais que os vejamos, não conseguimos ficar indeferentes, não mudamos o canal (apesar de já termos visto o filme repetidamente), choramos como criancinhas a quem foi tirado o doce?
São filmes como este que fazem parte da nossa vida. Que apesar de serem ficção, serem fruto da imaginação de argumentistas brilhantes, nos fazem acreditar que aquilo até podia ter acontecido, até podia ser tudo verdade... Os filmes, quando são feitos, têm o suposto objectivo de nos entreter. Mas há uns que ultrapassam essa barreira: são esses que nos fazem crer que podemos ser reis e princesas, guerreiros medievais ou galácticos, desportistas idolatrados ou o par de alguém com quem viveremos felizes para sempre.
O "E.T." marcou-me indiscutivelmente. Choro cada vez que o vejo e já não tenho vergonha disso. Afinal, quem é que não gostava de ser amigo de uma criatura cujo coração é do tamanho do peito, que tem um dedo que brilha e que a única coisa que quer é "phone home"? :-)

sábado, 10 de fevereiro de 2007

I believe in Angels

Qual é a nossa missão no mundo? A existir um Deus, qual foi o propósito para ele nos ter criado? Qual é o sentido da nossa existência?
Não. Não queria que este post fosse sobre as grandes questões filosóficas de todos os tempos. Queria que este post - que, curiosamente, é o que, até agora, me está a dar mais trablho a escrever - fosse um pequena homenagem. Uma pequena homenagem àquelas pessoas que estão no mundo para o tornar melhor, para tornarem as pessoas que o habitam melhores, para as ajudarem em troca de nada, ou de muito pouco, ou então até em troca de um sorriso sincero, e isso já é muito! A homenagem que eu queria prestar pode ser encarnada numa pessoa, porque como ela, tenho a certeza que há muitas outras. Apenas não têm a sua exposição mediática.
Oprah Winfrey é um caso raro. Nasceu pobre, cresceu vítima de abusos sexuais (demos nomes às coisas, que diabo!), subiu pelo seu próprio pulso, fez-se profissional mas, acima de tudo, fez-se uma mulher exemplar. Mereceu o respeito e o reconhecimento não só da América mas também do Mundo. Tornou-se milionária. Mas o dinheiro que tem não o gasta só em proveito próprio: apoia diversas causas humanitárias, sensibiliza-se com vidas de estranhos, ajuda em qualquer parte do mundo. é ternurento observar a sua paixão pela profissão de professores. Aliás, tudo o que tem a ver com crianças, Oprah faz questão de disponibilizar tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar. No seu programa televisivo, já a vimos rir, já vimos chorar, já a vimos indignar-se, já a vimos enojar-se, já a vimos humana... nem as câmaras conseguiram apagar o seu lado humano. Chora quando tem de chorar, ri quando tem de rir.
Oprah é uma inspiração. Um raio de luz no mundo cada vez mais encoberto pelo egoísmo e indiferença. Uma visão paradisíaca, uma esperança, um alento, uma crença... uma crença de que mesmo ricos, ainda podemos ser humanos, ainda podemos cuidar dos outros. É uma lição de vida, um modo de vida, uma vida a ter em conta. Apesar de longe e de só a ver na tv, ela ensina-me a ser uma pessoa melhor e a acreditar que não é por acaso que existo que a minha vida pode ainda fazer mais sentido, por exemplo, fazendo os outros felizes.
Oprah nasceu pobre e não teve uma infância e adolescência fáceis. Deus pô-la à prova. Testou-a para saber o quão bom anjo ela daria. E eu acho que ela não se tem saído nada mal.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Mission in Life

Ontem descobri uma das minhas missões (senão A missão) enquanto Ser Humano: fazer os outros felizes! Ontem senti-me especialmente bem. Senti coisas que nunca tinha sentido. Vivenciei experiências que nunca antes tinha experimentado. E foi bom.
Ontem fiz um amiga feliz. Com a ajuda de outras pessoas, claro, mas sei que a minha presença foi igualmente importante para contribuir para a felicidade dela. Cada pessoa teve a sua importância, o seu papel. E eu soube o meu quando a primeira lágrima de felicidade lhe correu pelo rosto. Essa lágrima encheu o meu coração de uma ternura, de uma felicidade diferentes das que já alguma vez senti. E foi bom. Foi nesse momento que descobri um dos propósitos que me faz viver: fazer os outros felizes. Nunca antes me tinha sentido tão feliz por ter feito outra pessoa feliz. E foi preciso tão pouco (ou pelo menos, o que se julga que é pouco!)... apenas a minha presença, as palavras certas, a música de gargalhadas genuínas, os sorrisos sinceros.
E as palavras no fim da noite foram perfeitas. Se dúvidas houvesse quanto a tudo o que tinha vivido até àquela altura, dissiparam-se no fumo da noite, deixando o céu claro e abrilhantado pela luz da lua e das estrelas. "És especial!", "És fantástica!", "Tenho muita sorte em ter uma amiga como tu.", "Obrigada por teres feito parte do melhor presente da minha vida."
Obrigada a ti, por me teres mostrado um dos caminhos que devo seguir. Obrigada por me teres deixado fazer-te feliz. Obrigada por me teres feito MUITO feliz.