quarta-feira, 30 de julho de 2008

Hoje:

...O meu coraçãozinho bateu mais forte. Os meus olhos detiveram-se mais tempo perdidos nos teus. A cabeça inclinou-se várias vezes para a direita. As mãos entrelaçaram-se e ampararam o queixo que teimava em cair. As pernas cruzaram e ficaram imóveis o tempo todo. Os meus sentidos só tinham um sentido. Hoje senti-me mais tua e tu foste só meu. Hoje, plantaste uma dorzinha cá dentro. Também hoje verbalizei pequenos nacos de bosta fumegante que espero que não tenhas reparado. Hoje, o mundo não existiu, e o tempo parou...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Quando, quando, quando...

E quando tu me disseres que eu sou tão bonita? E quando me ofereceres flores sem razão nenhuma, só porque sim? Quando passearmos de mãos dadas à beira-mar? E quando tocares na minha pele com o lado de fora do indicador? Quando afastares umas mechas de cabelo que teimam em cair e em tapar-me os olhos? Quando prenderes os teus olhos nos meus? E quando o teu nariz encontrar o meu pescoço, hipnotizado pelo meu perfume? E a tua boca encostar na minha? E quando os teus braços me envolverem? Quando eu for a única e não houver mais ninguém? E quando o mundo parar quando estivermos juntos? E quando sentires a minha falta, estando eu a 3 metros de distância? E quando o teu silêncio me disser tudo?

Quando Quando Quando - Michael Buble

terça-feira, 8 de julho de 2008

Concordo

Como não quero ficar com créditos alheios, sugiro a leitura da melhor frase que li nos últimos tempos, aqui.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Eu não te amo. Nem sequer estou apaixonada por ti. Tenho a certeza. Mas a verdade é que gosto da maneira como abres a porta e nem olhas para trás para dizer "bom dia". Segues em passo lento e decidido para o teu destino. Gosto que, quando penduras o casaco, olhes de relance na minha direcção. Até gosto que me ignores, logo de manhã! Ao que eu já me habituei... Gosto que durante o dia os nossos olhares andem trocados, mas, de vez em quando, lá se encontram por momentos. Gosto quando te espreguiças para poderes espreitar melhor. Gosto do teu olhar, especialmente quando foca um ponto no espaço quando estás a explicar alguma coisa ou falar de algo mais sério. Gosto da tua do som da tua gargalhada, mesmo que ás vezes pareça que te falta o ar. Gosto do teu sorriso sacana. Gosto do teu cheiro, do teu perfume inconfundível, que me persegue onde quer que vá e, que mesmo que sejam outros a usá-lo, para mim, ele é só teu. Gosto dos poucos cabelos brancos que te conferem o charme natural que chega com a idade. Gosto da barriguinha que já começas a ter. Gosto que não sejas bonito. E gosto ainda mais que não sejas perfeito. Não gosto que me confundas com um dos gajos. Não gosto de sentir saudades tuas. Não gosto de sentir ciúmes de outras. Não gosto de me sentir como eu acho que já me estou a sentir... Eu não te amo. Nem sequer estou apaixonada por ti. Mas...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Sinto o coração a arranhar. A garganta queima-me como se uma fogueira me consumisse por dentro. Do nada. Que é feito das lágrimas que eu chorava? E eu queria chorar. Chorar como nunca chorei antes. Secar as vias lacrimais até à exaustão. Que pedra esta que se instalou em mim? Que líquido este que corre nas minhas veias? Este sangue já não ferve como fervia. Está morno, lento, corre sem gosto... Já não me tenho como dantes. Há cordas que prendem e estrangulam, me cortam a respiração. Os olhos que não fecham e resistem ao sono. A trisiteza que ameaça chegar, interrompendo a convivência entre a tranquilidade e a alegria. O olhar vazio que foca um ponto no espaço tentando organizar os pensamentos contraditórios que se degladiam por um lugar de destaque no cérebro. Queria definir aquilo que tenho. Queria arranjar palavras certas para descrever o que sinto. Mas sou incapaz. Não consigo. Tenho tudo para estar bem, mas não estou. Hoje não estou. Esta semana não estou. Sinto as facas no peito e nas costas. Sinto-as a perfurar-me eu eu deixo... não consigo retaliar. Não me apetece jogar. Não me apetece não ser eu. O cansaço... o cansaço.... todas as coisas que aprendo, todas as coisas que sei, tudo o que vejo, tudo o que sinto. O cansaço.