sábado, 27 de setembro de 2008

Jo non creo en las brujas, pero que las hay, las hay...

Dia normal de trabalho. Não muito intenso, nada stressante. Apenas um reparo: olhei demasiado para ti e, ao que consta, com a cabeça inclinada. Cheguei ao fim do dia esgotada. Ainda por cima ainda tive direito a uma "snobada" que até andei de lado...Tu cansas-me. Já não sei o que pensar, já não sei o que sentir. Uns dias acho que sim, outros já não tenho assim tanta certeza. Fui-me arrastando até à casa mais próxima, para ver se me alimentava. Lá, para além de ter recarregado baterias, despejei tudo o que me estava a sufocar. Bem mais leve, saí. Fui encontrar-me com a noite. Prolongar a minha sensação de leveza. Levei comigo o meu sorriso. Entrei no bar mais recôndito, de uma recôndita rua de Lisboa. Subi as escadas, num passo lento mas decidido. E eis senão quando... tu. Quem mais? Só podias ser tu. De todas as pessoas, de todos os lugares, de todas as horas... tu, ali, naquele momento. Não há ciência que explique isto. Do mais ilógico, do mais irracional, do mais inconcebível. Destino? Pensava que isso era crença popular... Precisava de factos concretos, que me provassem por a+b, que houvessem justificações plausíveis. Mas parece que não... aconteceu (mais uma vez) e pronto. Destino?

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A idade do balanço

Se eu aos 24 afirmava que tinha uma idade sexy, hoje com 25 anos e 6 dias digo que tenho a idade do balanço. Fazer 1/4 de século é importante, é uma daquelas idades marcantes em que as pessoas tendem a fazer balanços. Não aqueles balanços básicos, os da esquerda-direita, pra a frente e pra trás. Não. Os balanços de que falo são de todas as experiências que vivemos, de toda a aprendizagem que adquirimos, dos erros que superámos, das vitórias que conquistámos, das lágrimas e dos sorrisos, dos amigos que fizémos e dos que nos foram deixando, dos familiares que sempre estiveram e sempre lá estarão, no matter what...
Com 25 anos...
eu quero: viver ainda mais coisas
eu não quero: perder tempo
eu anseio: aprender tudo o que puder
eu sonho: amar perdidamente
eu sei: que ainda não sei nada
eu gosto: de mim
eu amo: quem me ama
eu odeio: o ódio e a inveja
eu passo-me: com ridicularias
eu ambiciono: ser feliz
eu sou: melhor ouvinte
eu não sou: parva
eu estou: onde eu quero estar quando eu quero estar
eu não estou: bem se tu não estás bem

sábado, 13 de setembro de 2008

Porque é que há músicas que não nos saem da cabeça?



...e ficam "coladas" ao cérebro e rodam over and over again?!?
Hoje apetece-me escrever só porque sim. Não quero ter nenhum motivo. Não me apetece estar inspirada. Até desprezo o facto de 75% do meu dia ter sido ocupado a pensar em ti. Já me habituei ao facto de, como quem não quer a coisa, lá vais "assaltando" a minha cabeça. Diz que é uma espécie de "brainjacking", onde as únicas coisas que são roubadas são preciosos minutos do meu tempo e neurónios que quiçá! podiam ser utilizados na descoberta da cura para uma qualquer doença. Não. Hoje apetece-me divagar pelo teclado do computador. Navegar nas páginas da internet sem destino. Dizer coisas pouco inteligentes. Dançar. Muito. Hoje apetece-me dançar... e se fosse contigo... Não! Eu vivi muito bem sem ti, não é agora que a minha vida vai depender de ti. Eu não sei... juro que não sei o quero de ti. Nem sequer sei o queres de mim. Nem sequer sei se quero saber o que me queres. Hoje eu quero desprender-me. Quero sentir nuvens na minha cabeça. Quero sentir-me leve, a flutuar. Hoje queria ser outra vez criança. Queria gritar, correr, saltar, brincar sem ter horas, sem limites, sem amarras. Hoje queria ser uma bola de sabão, uma pena, uma pluma, um sopro... Hoje não queria sentir, não queria pensar, queria estar oca. Queria fechar os olhos e sonhar acordada. Queria viajar para bem longe dentro do meu quarto. Queria sobrevoar o mundo sem sair do mesmo sítio...
Hoje queria que o meu dia tivesse sido diferente. Não queria ter pensado (tanto) em ti.