segunda-feira, 30 de abril de 2007

"And I've hurt myself by hurting you..."

Desculpa se não te dou mais do que aquilo que tu mereces (e tu mereces tanto!). Desculpa se ando mais distante quando tu precisas que eu esteja mais perto. Desculpa se fui inconveniente, se disse ou fiz algo que alargasse a tua descrença em mim ou que te criasse alguma desilusão. Desculpa. Não precisas dizer, eu sei. O problema é meu e só meu, daí estar a fazer a minha "apologia". Digamos que, neste momento, eu sou uma lagarta que criou o seu casulo para, mais tarde, surgir como uma borboleta, pronta a pousar de flor em flor, disposta a ouvir os segredos de cada uma delas. Mas preciso que continues a acreditar e a apostar em mim. E não hesites em chamar-me atenção quando não gostares do meu comportamento. As críticas/conselhos fazem-me crescer!








gosto de ti.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Finalmente (?)

A aventura começou à seis anos atrás (pelo menos, para quem chumbou uma vez, como eu). Timidamente ou com "pêlo nas ventas" entrámos pelas portas automáticas de vidro da entrada da frente da faculdade rumo a um novo mundo (ou "à preparação para vida lá fora" como eu muito ouvi os mais velhos dizerem!). O primeiro passo foi a praxe. A chamada "iniciação à vida académica". Lembro-me da minha ter sido muito "soft", sem grande história, embora tenha achado imensa piada tanto à actuação das tunas (masculina e feminina) como à Cerimónia das Velas protagonizada pela Tertúlia (todos os anos vejo e não me canso... todo o espírito, toda a mensagem associada encanta-me pela verdade intríseca).
Lembro-me de não conhecer ninguém na subturma que me calhou mas de não me importar minimamente com isso. Afinal, a faculdade era uma excelente oputunidade para conhecer pessoas novas e de, apesar de eu continuar a dar-me com as pessoas que tinham vindo comigo da Secundária, não queria ficar "colada" com elas. E foi isso que aconteceu. Ao longo dos anos, conheci imensa gente. E o facto de ter chumbado acabou por se revelar bastante mais positivo do que aquilo que eu estava à espera. Na altura, sei que foi complicado. Mas hoje reconheço que, para além de me ter feito crescer, permitiu-me descobrir ainda mais de mim própria.
Tive muita sorte na turma onde calhei quando chumbei. Aliás, não me canso de dizer que, em termos de turmas, sinto que tive um upgrade desde o primeiro ano: se eu achava que a turma do 1º ano era boa, a que apanhei no ano do chumbo ainda foi melhor e a do 4º/5º ano, foi A subturma, a melhor das melhores! Nisso não me posso queixar.
Olhando para trás, sinto que percorri um longo caminho. Houve alturas difíceis? Claro que houve! Quis desistir? Obviamente que sim. Senti-me deslocada, marginalizada, inferiorizada? Sim, sim e sim.
Mas o balanço é mais positivo que negativo. Se alturas houve em que chorei, foi porque tive de chorar e isso ajudou-me a crescer. Mas quem me conhece - ou quem me conheceu - na faculdade, lembrar-se-á de mim mais pelas gargalhadas e pelos momentos divertidos do que pela fase depressiva e triste. Aliás, é assim que eu quero que me recordem!
Pela minha parte, recodarei estes anos, sem dúvida alguma!, como os melhores da minha vida: pelas vitórias que consegui por cada oral que fiz e passei (e foram muitas, acreditem!), por cada professor/assistente que tive e me marcou, para o bem e para o mal, pelas numerosas festas a que fui, pelas noitadas que fiz, pelos jantares de turma(s) inesquecíveis (cada um à sua maneira), pelas bebedeiras que apanhei, pelas paixões que vivi, pelas amizades que travei e que algumas sobreviverão ao desgaste do tempo e da distância (tudo farei para que isso aconteça!), pela viagem de finalistas...
Olhando para trás, concluo que faria as mesmas escolhas e que não mudava muito o meu percurso na faculdade - tirando uma coisa ou outra ;-) - senão, como poderia eu dizer, a um mês de acabar a minha vida estudantil, que estes foram os melhores anos da minha vida?!?







para vocês.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Democracia, Liberdade... 25 para sempre!

Hoje comemora-se mais um aniversário da Revolução do 25 de Abril, a revolta dos militares que pôs fim a mais de 40 anos de ditadura que impendia sobre o nosso país, desde a constituição do Estado Novo por António de Oliveira Salazar.
Eu nascia 9 depois, já com o país a respirar liberdade, a preparar-se para desafios futuros (como a entrada na União Europeia), ainda a espreguiçar-se e a começar a habituar-se a tudo quanto Abril lhe deu. Já se podia falar à vontade sem medo de represálias, rir a bandeiras despregadas, expressar ideologias, discordar de opiniões...
Eu já nasci em liberdade. Eu já nasci democrata. Eu sempre tive consciência cívica e do meu papel na sociedade. Eu sempre soube que tinha de agradecer aos homens e mulheres que, naquela madrugada de Abril, decidiram pôr um ponto final na opressão e no estragulamento de ideais.
Diz-se que os jovens de hoje em dia não dão o devido valor ao 25 de Abril, que é uma data como outra qualquer, que renegam a história e pouco lhes importa o facto do país ter vivido na sombra por 40 anos. Falando por mim, posso dizer que não é verdade. Tenho imenso orgulho nos valores que advogo: na liberdade de me poder expressar, de expôr as minhas ideias, de me sentir mais próxima de um partido num determinado momento, e, se calhar de outro, passado algum tempo, tendo sempre a consciência que votar é um direito pelo qual muitos lutaram, e que, o meu voto pode, realmente, fazer a diferença. De aceitar ou não, respeitando sempre, as opiniões divergentes da minha.
Muitas vezes, e tendo por base a situação em que o nosso país vive, digo, por picardia, que não me importava de ser espanhola e que me sinto mais europeia do que portuguesa. Mas se há dia em que sinto mais orgulho no meu país e na sua gente e na sua história e na sua tradição é hoje, 25 de Abril, dia da Liberdade.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Quase perfeito

Cuba foi quase perfeita. A viagem foi quase perfeita. O tempo foi quase perfeito. Não fosse a chuva que teimava estragar os nossos dias de sonho a "fritar" ao sol. Não fosse a pressão parva (?) a que estávamos sujeitos, por estarmos 24 horas juntos, o que fez com que os defeitos das pessoas se acentuassem e isso viesse a causar mal-estar entre pesssoas e grupos. Não fosse o divertimento, a loucura, os desvarios, todos controlados, quase cronometrados, com medo que se se pusesse o "pé em ramo verde", no dia a seguir se estivesse nas bocas do povo. Não estou arrependida de ter ido, voltava a fazer tudo como fiz, mas, se calhar, o grupo precisava de alguém mais "wild"... e eu não me importaria de ser esse alguém :-)
Foi inesquecível. Para o bem e para o mal, há-de-me ficar marcada para sempre.
E agora que já estou cá, tenho saudades (e tentar explicar o significado de "saudade" a uma cubana cujo namorado era português? Experiência única e comovente que eu vivi): da ilha, da praia, das pessoas (TODAS), do rum, dos charutos, das relações que se fortaleceram e das que nasceram, das atribulações e das festas, das cantorias, das lágrimas (de alegria!).
A minha viagem de finalistas não foi perfeita. Mas foi quase.