quarta-feira, 25 de abril de 2007

Democracia, Liberdade... 25 para sempre!

Hoje comemora-se mais um aniversário da Revolução do 25 de Abril, a revolta dos militares que pôs fim a mais de 40 anos de ditadura que impendia sobre o nosso país, desde a constituição do Estado Novo por António de Oliveira Salazar.
Eu nascia 9 depois, já com o país a respirar liberdade, a preparar-se para desafios futuros (como a entrada na União Europeia), ainda a espreguiçar-se e a começar a habituar-se a tudo quanto Abril lhe deu. Já se podia falar à vontade sem medo de represálias, rir a bandeiras despregadas, expressar ideologias, discordar de opiniões...
Eu já nasci em liberdade. Eu já nasci democrata. Eu sempre tive consciência cívica e do meu papel na sociedade. Eu sempre soube que tinha de agradecer aos homens e mulheres que, naquela madrugada de Abril, decidiram pôr um ponto final na opressão e no estragulamento de ideais.
Diz-se que os jovens de hoje em dia não dão o devido valor ao 25 de Abril, que é uma data como outra qualquer, que renegam a história e pouco lhes importa o facto do país ter vivido na sombra por 40 anos. Falando por mim, posso dizer que não é verdade. Tenho imenso orgulho nos valores que advogo: na liberdade de me poder expressar, de expôr as minhas ideias, de me sentir mais próxima de um partido num determinado momento, e, se calhar de outro, passado algum tempo, tendo sempre a consciência que votar é um direito pelo qual muitos lutaram, e que, o meu voto pode, realmente, fazer a diferença. De aceitar ou não, respeitando sempre, as opiniões divergentes da minha.
Muitas vezes, e tendo por base a situação em que o nosso país vive, digo, por picardia, que não me importava de ser espanhola e que me sinto mais europeia do que portuguesa. Mas se há dia em que sinto mais orgulho no meu país e na sua gente e na sua história e na sua tradição é hoje, 25 de Abril, dia da Liberdade.

Sem comentários: