sábado, 13 de setembro de 2008

Hoje apetece-me escrever só porque sim. Não quero ter nenhum motivo. Não me apetece estar inspirada. Até desprezo o facto de 75% do meu dia ter sido ocupado a pensar em ti. Já me habituei ao facto de, como quem não quer a coisa, lá vais "assaltando" a minha cabeça. Diz que é uma espécie de "brainjacking", onde as únicas coisas que são roubadas são preciosos minutos do meu tempo e neurónios que quiçá! podiam ser utilizados na descoberta da cura para uma qualquer doença. Não. Hoje apetece-me divagar pelo teclado do computador. Navegar nas páginas da internet sem destino. Dizer coisas pouco inteligentes. Dançar. Muito. Hoje apetece-me dançar... e se fosse contigo... Não! Eu vivi muito bem sem ti, não é agora que a minha vida vai depender de ti. Eu não sei... juro que não sei o quero de ti. Nem sequer sei o queres de mim. Nem sequer sei se quero saber o que me queres. Hoje eu quero desprender-me. Quero sentir nuvens na minha cabeça. Quero sentir-me leve, a flutuar. Hoje queria ser outra vez criança. Queria gritar, correr, saltar, brincar sem ter horas, sem limites, sem amarras. Hoje queria ser uma bola de sabão, uma pena, uma pluma, um sopro... Hoje não queria sentir, não queria pensar, queria estar oca. Queria fechar os olhos e sonhar acordada. Queria viajar para bem longe dentro do meu quarto. Queria sobrevoar o mundo sem sair do mesmo sítio...
Hoje queria que o meu dia tivesse sido diferente. Não queria ter pensado (tanto) em ti.

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