domingo, 7 de junho de 2009

Quando tocam as campaínhas

A que é que associamos o som das campainhas? Ou o acto de tocar às campainhas? Pode ter vários significados: o mais comum, e no que mais depressa nos lembramos, é que tocamos à campainha quando queremos chamar alguém ou quando queremos anunciar a nossa presença à porta de alguém. Também tocam campainhas quando queremos despertar, o que, vulgarmente, tem-se denominado de alarme. Mas não deixa de ser o som estridente de uma campainha que nos ecoa no cérebro até que acordemos. Pois é: ultimamente tenho pensado muito em campainhas. Calma, não que não tenha mais nada em que pensar. Mas, simplesmente, porque "soaram várias campainhas" tem sido uma analogia que tenho usado bastante. De facto, às vezes parece que ando a dormir (lol). E por muito que as coisas estejam à frente dos meus olhos, eu não quero ver. Ou por muito que as pessoas me digam as coisas, eu não quero ouvir. Ou ainda por muito que as situações aconteçam, eu não quero perceber. Mas há sempre um momento em que tocam as campainhas. Há sempre um momento em que eu acordo e que percebo tudo o que se está a passar e compreendo tudo o que me disseram. Quando as campainhas tocam, eu desperto para a realidade. Sou chamada para o presente. Alguém está à minha porta à espera. Quando tocam as campainhas, eu cresço mais um bocadinho. Eu amadureço. Muitas vezes sou eu que toco as campainhas. Mas os outros também as fazem soar.

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