A propósito do dia de hoje - Dia Mundial do Beijo - fui descobrir um texto que escrevi devia ter os meus 18/19 anos...
Um beijo... um acto tão simples mas ao mesmo tempo tão complexo!... O doce juntar dos lábios, esticados até ao limite, pode ser tão amargo como um licor bem apurado. Essa acção que, mesmo banalizada, continua com um significado tão intenso quanto o desejo de quem a pratica. É como um selo que se cola numa carta para um único destinatário, do qual se espera ansiosamente resposta... e o pior é quando essa carta se perde no caminho, e se quebra a ligação existente. É doloroso demais quando se dá sem nenhum sentimento, capaz de destruir o castelo de areia que se fez e que só lhe falta colocar a bandeira da conquista, sendo tão imprevisível como o mar. Ofusca os olhos de tantos arcos-íris com que se pinta mas que pode matar qualquer manifestação amorosa, se se apresenta da cor com que se pinta o vazio que deixa quando acaba. Não é capaz de viver sem o para-quedas do amor, e quando este não abre, deixa cair o sonho eterno da paixão no chão, que parecendo tão macio, tão suave, é, na realidade, mais duro que o ferro com que se forja a torre imensa que constrói, ao longo da trilha que se percorre durante o delicado encostar da boca. É mais forte que as correntes que prendem o coração quando este se rende ao bandido que o quer roubar. Torna-se tão ofegante quando dado com a força do desejo que une dois corpos transpirados de emoção e se encontram entrelaçados como se de um só se tratasse. Afoga qualquer réstia de mágoa que persiste em ficar cravada qual punhal feito de um material tão forte que nem a força de uma vontade constante de amar consegue demovê-lo. Um beijo... uma palavra tão pequena mas que, embora complete o buraco negro que existe no universo da paixão, não tem vocábulos que cheguem para usar com o sinónimos. Mesmo quando os poetas escrevem sobre ele, é difícil encontrar palavras que, rimando com ele, conseguem transportar tamanho significado. Mesmo durando pouco tempo, parece demorar três eternidades e perdurar até que se esvazie todo o desejo que o coração pode conter. É como um carimbo invisível mas que toda a gente sabe que pode utilizar sem o perigo da tinta se gastar e que sela eternas juras de amor, perdidas num imenso olhar. É, no entanto, um tanto ou quanto caprichoso porque, ás vezes, é preciso pedi-lo de um modo tão tímido, que embrulha a língua e não deixa sair as palavras... faz nós tão perfeitos, em todos os órgãos internos que nem o marinheiro mais bravo os consegue desfazer. E é então que se ouve soar os sinos, que se vê criaturas dos contos de fadas a esvoaçar sobre os dois seres que se amam no infinito acto de carinho, como se não houvesse amanhã, como se o tempo parasse naquele momento e nada mais tivesse importância... segundos que se transformam em minutos, estes em horas, estas em dias, estes em meses, estes em anos, estes em séculos...! Um eterno curto espaço de tempo, comtemplado pela lua e pelo sol, abençoado pelas estrelas, repleto de um amor tão grande quanto aquele que os oceanos levam à terra! Feito de um puro odor que emana da mais rara flor e de um som tão suave quanto chilriar dos passarinhos numa quente manhã de Primavera... De um sabor tão único, tão doce capaz de superar o mel que nasce para adoçar a vida...! Um beijo... delicada tentação de amar cada vez mais, de conseguir atravessar a linha ténue com que se cose a felicidade e a separa da escura solidão! Momentos de imensa ternura, invejados por quem não os partilha e não sabe quais as cores, os odores, os sabores, que se sentem com o único gesto capaz de unir todo o amor perdido nas nuvens de um céu que já contemplou uniões desfeitas e abraçou individuais formas de paixão. Um sonho tornado realidade por uma vontade inexplicável, um fogo que gela o tempo, um momento que trespassa tudo e todos... um beijo! Arte eterna e imortal dos amantes, bandeira branca do amor, assassino de qualquer dor, tão pequeno e tão grande, acto solene de amar!
Um beijo... um acto tão simples mas ao mesmo tempo tão complexo!... O doce juntar dos lábios, esticados até ao limite, pode ser tão amargo como um licor bem apurado. Essa acção que, mesmo banalizada, continua com um significado tão intenso quanto o desejo de quem a pratica. É como um selo que se cola numa carta para um único destinatário, do qual se espera ansiosamente resposta... e o pior é quando essa carta se perde no caminho, e se quebra a ligação existente. É doloroso demais quando se dá sem nenhum sentimento, capaz de destruir o castelo de areia que se fez e que só lhe falta colocar a bandeira da conquista, sendo tão imprevisível como o mar. Ofusca os olhos de tantos arcos-íris com que se pinta mas que pode matar qualquer manifestação amorosa, se se apresenta da cor com que se pinta o vazio que deixa quando acaba. Não é capaz de viver sem o para-quedas do amor, e quando este não abre, deixa cair o sonho eterno da paixão no chão, que parecendo tão macio, tão suave, é, na realidade, mais duro que o ferro com que se forja a torre imensa que constrói, ao longo da trilha que se percorre durante o delicado encostar da boca. É mais forte que as correntes que prendem o coração quando este se rende ao bandido que o quer roubar. Torna-se tão ofegante quando dado com a força do desejo que une dois corpos transpirados de emoção e se encontram entrelaçados como se de um só se tratasse. Afoga qualquer réstia de mágoa que persiste em ficar cravada qual punhal feito de um material tão forte que nem a força de uma vontade constante de amar consegue demovê-lo. Um beijo... uma palavra tão pequena mas que, embora complete o buraco negro que existe no universo da paixão, não tem vocábulos que cheguem para usar com o sinónimos. Mesmo quando os poetas escrevem sobre ele, é difícil encontrar palavras que, rimando com ele, conseguem transportar tamanho significado. Mesmo durando pouco tempo, parece demorar três eternidades e perdurar até que se esvazie todo o desejo que o coração pode conter. É como um carimbo invisível mas que toda a gente sabe que pode utilizar sem o perigo da tinta se gastar e que sela eternas juras de amor, perdidas num imenso olhar. É, no entanto, um tanto ou quanto caprichoso porque, ás vezes, é preciso pedi-lo de um modo tão tímido, que embrulha a língua e não deixa sair as palavras... faz nós tão perfeitos, em todos os órgãos internos que nem o marinheiro mais bravo os consegue desfazer. E é então que se ouve soar os sinos, que se vê criaturas dos contos de fadas a esvoaçar sobre os dois seres que se amam no infinito acto de carinho, como se não houvesse amanhã, como se o tempo parasse naquele momento e nada mais tivesse importância... segundos que se transformam em minutos, estes em horas, estas em dias, estes em meses, estes em anos, estes em séculos...! Um eterno curto espaço de tempo, comtemplado pela lua e pelo sol, abençoado pelas estrelas, repleto de um amor tão grande quanto aquele que os oceanos levam à terra! Feito de um puro odor que emana da mais rara flor e de um som tão suave quanto chilriar dos passarinhos numa quente manhã de Primavera... De um sabor tão único, tão doce capaz de superar o mel que nasce para adoçar a vida...! Um beijo... delicada tentação de amar cada vez mais, de conseguir atravessar a linha ténue com que se cose a felicidade e a separa da escura solidão! Momentos de imensa ternura, invejados por quem não os partilha e não sabe quais as cores, os odores, os sabores, que se sentem com o único gesto capaz de unir todo o amor perdido nas nuvens de um céu que já contemplou uniões desfeitas e abraçou individuais formas de paixão. Um sonho tornado realidade por uma vontade inexplicável, um fogo que gela o tempo, um momento que trespassa tudo e todos... um beijo! Arte eterna e imortal dos amantes, bandeira branca do amor, assassino de qualquer dor, tão pequeno e tão grande, acto solene de amar!
6 comentários:
Aos 18 ou 19 e já escrevias assim... uau lol
Um beijo é isso tudo e muito mais mas conseguiste fazer com que o muito mais parecesse muito pouco.
psst - não consigo ouvir nada no teu Mypod será normal? se calhar também te recusaste a pagar algo... forreta :P
Aos 18, 19 anos, as palavras (e os sentimentos) não me custavam tanto a sair... acho que, à medida que envelheço, perco também inspiração... you tell me ;-)
ps: Estou a ficar deveras intrigada... cm é q sabes q há quem me chame "Tia Patinhas" ;-)
Pois a idade tem essa tendência para nos ensinar a ter cada vez mais cuidado com os sentimentos. Isso para quem aprende... o que infelizmente não é o meu caso. Acho que continuo a exprimir-me mais ou menos da mesma forma, talvez hesite um pouco mais mas quando é minimamente forte salta logo alguma coisa cá para fora lol. Provavelmente não perdes nem perdeste inspiração apenas tens mais cuidado ou hesitações em aplicá-la.
psst - lol desta vez não houve inside information por isso pode se considerar um lucky guess :D
A verdade é que a vida ensinou-me a ser mais comedida quanto a exprimir os meus sentimentos. Mas continuo... a senti-los, intensamente! :)
Ah mas sentir sem exprimir é como pensar sem agir, incompleto. :)
... e institivo, intuitivo, inconsequente! ;)
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